O texto a seguir relata uma experiência bem sucedida de uma empresa que objetiva dirimir os problemas de Comunicação. Para isso utiliza algumas alternativas como a cria;'ao de um setor especifico de Comunicação, alem de um jornal interno bimensal; quadros de avisos; News Diárias (cada diretoria tem um dia da semana para divulgar suas notícias) e a Intranet (site interno e que prevê a inclusão digital de todas as unidades da empresa). O processo de comunicação interna, tambem e um ponto a ser desenvolvido. A gerente de RH, contudo, comenta que a melhor forma dos líderes contribuírem com o processo de Comunicação é estando acessíveis aos funcionários e repassando as informações da melhor maneira possível. Para obter um nível de excelência na comunicação deste grupo, a organização conta com abertura da direção para disponibilizar informações com transparência e gestão participativa capaz de proporcionar as mudanças culturais necessárias.
Comunicação Interna é Estratégia
De acordo com Adriana Galvão, gerente corporativa de Recursos Humanos da Refrescos Guararapes, a organização acredita que somente com uma política focada nas pessoas, apoiada por uma estratégia de comunicação clara e definida, é possível sustentar o modelo de gestão, daí a razão da empresa ter criado o setor de Comunicação. Com esse investimento, uma das principais mudanças percebida pela companhia foi a maior facilidade que a empresa conquistou para comunicar decisões estratégicas e outras informações de interesse coletivo a todos os funcionários.
A empresa também recorre a programas que visam estimular a comunicação interna e integrar os funcionários. Dentre esses, encontram-se: - Presidente On-line - Canal de comunicação direto entre os colaboradores e o presidente da Refrescos Guararapes, o qual pode ser feito por e-mail ou carta. Tudo é respondido pelo próprio presidente e a iniciativa tem bastante credibilidade entre os funcionários.
- Café com Coca-Cola - Uma vez por mês, o presidente e cada um dos diretores convidam funcionários de todos os setores para conversarem, durante a primeira refeição do dia, sobre temas diversos que incluem sugestões, críticas, problemas e possíveis soluções para a empresa. Na ocasião, um representante da área de Comunicação anota tudo em ata e após uma semana, os participantes do café recebem todos os seus questionamentos respondidos. Detalhe: no encontro, não participam subordinados e chefes diretos.
- Programa Novas idéias - As melhores idéias, apresentadas pelos funcionários para reduzir custos e despesas ou que tragam incremento à qualidade de vida para os colaboradores, podem valer prêmios de até 10 mil reais.
- Programa Portas Abertas - A cada reunião mensal da alta administração da empresa, é promovida uma plenária, da qual funcionários e estagiários podem participar como ouvintes. O objetivo dessa ação é fortalecer a política de transparência, a comunicação interna e a cultura da empresa.
Os programas e as ações do setor de Comunicação vêm ganhando cada vez mais credibilidade e como conseqüência, a receptividade e a participação dos funcionários crescem continuamente. Os números do ano de 2005 comprovam esse fato: 137 funcionários premiados pelo Novas Idéias; 156 cartas recebidas e respondidas pelo Programa Presidente On-line; 48 Cafés com Coca-Cola realizados para 400 funcionários; 6 edições do Jornal Coke News e 105 referências sobre a Refrescos Guararapes na Imprensa.
"A cada dia, o endomarketing ganha força e vem se tornando uma prática institucionalizada. É considerável o aumento da quantidade de campanhas internas demandadas pelos diversos setores à Comunicação, o que leva muito mais informação e conscientização aos funcionários", afirma Adriana Galvão, ao acrescentar que após a criação da área de Comunicação, o fluxo e a velocidade com que as informações chegam aos funcionários passou a ser muito mais estruturado e fluido. O fato, continua a gerente de RH, é que agora a empresa localiza com muito mais facilidade onde estão seus pontos de melhoria e consegue, dessa forma, responder aos colaboradores com mais rapidez e precisão.
Participação das lideranças - Quando questionada sobre a participação das lideranças no processo de comunicação interna, a gerente de RH da Refrescos Guararapes comenta que a melhor forma dos líderes contribuírem com o processo é estando acessíveis aos funcionários e repassando as informações da melhor maneira possível. Para obter um nível de excelência na comunicação deste grupo, a Refrescos Guararapes conta com abertura da direção para disponibilizar informações com transparência e gestão participativa capaz de proporcionar as mudanças culturais necessárias.
Vale ressaltar que as informações são disseminadas por meio de reuniões e eventos. No primeiro caso, os encontros são uma constante no dia-a-dia da empresa, seja entre diretores ou membros de uma mesma equipe. Esses momentos tornam-se oportunidades para avaliação e reflexão imprescindíveis para uma boa Gestão de Pessoas e, conseqüentemente, também de comunicação interna.
As reuniões da Refrescos Guararapes estão estruturadas da seguinte forma:
* Senior Leader Meeting - Semanalmente é realizada uma reunião com os diretores e a gerência de RH, na qual são atualizadas as ações de planejamento estratégico da empresa.
* Monthly Tracking Meeting - O objetivo dessa reunião é apresentar os resultados mensais da empresa. Participam as diretorias, as gerências seniores e os convidados do Programa Portas Abertas.
* Reunião Trimestral - Realizada entre a alta administração e os líderes da empresa de todas as unidades, onde são apresentados os resultados do período, as metas atingidas e as previstas para o período seguinte. Na oportunidade, também são alinhadas as principais diretrizes e estratégias. As equipes, por sua vez, têm acesso ao conteúdo da reunião por meio de seus gestores, responsáveis pela disseminação das informações.
* Diárias - Com o objetivo de estimular e dar autonomia aos funcionários de níveis táticos e operacionais, os gestores realizam reuniões diárias para identificar as dificuldades encontradas no cotidiano, promovendo planos de trabalho, possibilitando um canal aberto de comunicação para possíveis reclamações ou sugestões. Essas, por sua vez, são encaminhadas aos níveis adequados, a fim de serem avaliadas e geradas as ações necessárias.
Em relação à avaliação da política de comunicação interna da empresa, a gerente de RH explica que essa é realizada através de pesquisas de satisfação - uma prática já internalizada pelos colaboradores e gerentes da empresa. "Por representarem a opinião do funcionário, as pesquisas são fundamentais para o bom funcionamento dos processos formais, benefícios e programas de Recursos Humanos", destaca Adriana Galvão, ao ressaltar que a média de investimentos que a Refrescos Guararapes destina para o departamento de Comunicação corresponde a 5% dos investimentos totais da área de RH.
Quanto questionada sobre os obstáculos que a Refrescos Guararapes enfrentou para implantar a área de Comunicação, a gerente de RH relembra que as principais dificuldades foram: ganhar credibilidade dos diversos públicos envolvidos (funcionários, líderes e Imprensa); conscientizar as áreas de que o setor de Comunicação passaria a ser o principal responsável pela uniformidade e divulgação das informações dentro da empresa e, por último, fazer com que a comunicação interna da empresa passasse a ser um processo e não apenas uma responsabilidade do recém-criado setor. "Fazer com que a comunicação passe a ser um processo independente é um trabalho contínuo e para isso, o apoio da área de Recursos Humanos é importante", diz Adriana Galvão.
Público externo - Além deste trabalho voltado para o público interno, a área de Comunicação também é responsável pela assessoria de Imprensa da Refrescos Guararapes. Para isso, envia releases, notas, sugestões de pauta, organiza coletivas e disponibiliza clipping diário de notícias. Já a coordenação do receptivo escolar recebe diariamente grupos para visitar o processo de fabricação, o mini-museu e degustar os produtos da Coca-Cola. Em troca, a empresa solicita a cada visitante um quilo de alimento não-perecível. A arrecadação sempre é doada às comunidades carentes vizinhas.”
Autora: Patricia Bispo
Modelos de Comunicação
Os modelos de comunicação representam a realidade de forma simplificada alem de serem um tipo de recurso para entender e melhor usar os processos de comunica;ao. Um exemplo de modelo de comunicação esta abaixo localizado.
Os primeiros modelos de comunicação eram bem simples, e excluiam questões pragmáticas ou contextuais ligando o escritor ao leitor, passando pelo meio em linha reta. O modelo de Bloomfield (1935) é um exemplo disso
modelo de Bloomfield
Mais tarde, nos anos 50, vários linguistas tentaram aplicar o modelo do matemático shanon para a teoria da informação, foi desenvolvido inicialmente para aplicação de movimentos de sinais elétricos por fios e a possibilidade de codificação e descodificação por máquinas de um sistema binário.
"quando falo com outra pessoa (como diz Waren Weaver*), meu cérebro é a fonte de informação, o do outro, o destinatário; meu sitema vocal é o transmissor e o ouvido do outro, o receptor"(eco, obra aberta, p95)
"quando falo com outra pessoa (como diz Waren Weaver*), meu cérebro é a fonte de informação, o do outro, o destinatário; meu sitema vocal é o transmissor e o ouvido do outro, o receptor"(eco, obra aberta, p95)
modelo de Shannon-Weaver
O problema é que ele exclui a possibilidade de se obter várias interpretações de uma mesma origem — como por exemplo no caso de um mapa — e é um processo unidirecional, que não pode ser aplicado para a comunicação escrita. Ainda na questão dos mapas, Bertin define as imagens em monosêmicas — capazes de uma só interpretação; polisêmicas—capazes de algumas interpretações e pansêmicas — capazes de infinitas interpretações. Na prática, a maior parte das imagens é polissêmica, As pansêmicas são raras, com exemplos na pintura abstrata. e monosêmicas na sua opinião seriam os diagramas. Talvez as placas de trânsito também possam ser encaixadas nessa categoria
Mais adiante, Umberto Eco e sua teoria de obra aberta e obra fechada produz um novo diagrama onde onde insere as circunstâncias, e uma parte que cabe ativamente ao leitor, que é um "esforço filológico de reconstruir o código do remetente. Eco propõe um conceito de subcodificação, que é quando o leitor deve fazer um interpretação provisória quando se depara com o incerto e sobrecodificação que descreve o uso de frases feitas e clichês e padrões que podem diminuir a possibilidade de interpretação correta pelo destinatário. Eco remete à instâncias contextuais (onde pode se encaixar a tipografia) como instâncias de sobrecodificação que permitem ao destinatário a escolha do subcódigo apropriado.
Mais adiante, Umberto Eco e sua teoria de obra aberta e obra fechada produz um novo diagrama onde onde insere as circunstâncias, e uma parte que cabe ativamente ao leitor, que é um "esforço filológico de reconstruir o código do remetente. Eco propõe um conceito de subcodificação, que é quando o leitor deve fazer um interpretação provisória quando se depara com o incerto e sobrecodificação que descreve o uso de frases feitas e clichês e padrões que podem diminuir a possibilidade de interpretação correta pelo destinatário. Eco remete à instâncias contextuais (onde pode se encaixar a tipografia) como instâncias de sobrecodificação que permitem ao destinatário a escolha do subcódigo apropriado.
modelo de Umberto Eco
No livro la lisibilité, Richedau recomenda a utilização de modelos baseados na teoria da informação, como a aplicação da fórmula de Sannon proposta por Gui Bonsiepe para organização de informações complexas. Robin Kinross escreveu em uma discussão sobre a aplicação da teoria da informação na tipografia que as teorias de Shannon eram muito mecanicistas, mas elas devem ser entendidas históricamente, no seu lugar e tempo—No Bell Telephone Lab, nos anos 50— E que Quando Bonsiepe estava explorando essas idéias no Hochscule fur Gestaltung Ulm nos anos 60 essas idéias matemáticas tinham muita carga e muita energia. O Próprio Bonsiepe, na mesma discussão escreveu: "Hoje eu argumentaria contra essa aproximação que ela não leva em conta a dinâmica social do design e da recepção do design.[...]Ele (Shannon) estava interessado na eficiência de sinais de transmissão por cabos telefônicos. Alguém disse que informação não é algo objetivo, mas que é algo que se constitui somente no momento da interpretação pelo agente. Sem o agente, só existem dados, sinais, mas não significados".
Fonte:
- Comunicação Interna é Estratégia disponível em http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=4862
- Modelos de Comunicação - disponivel em http://www.finetanks.com/referencia/modelos.php-
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