quarta-feira, 17 de novembro de 2010

De Olho na Comunição Institucional

O texto a seguir mostra como uma empresa, ao observar o que a comunicação institucional de grandes organizações queriam transmitir, agiu de forma empreendedora. O texto nos apresenta um negócio de cunho social, a empresa Solidarium. Essa organização ao constatar que grandes empresas , como a Walsmart,  buscava projetos comunitários que gerassem renda e tivessem foco nas mulheres iniciou uma forma de ser intermediário no fornecimento de retalhos de tecido entre pequenas cooperativas de produtores de tecidos e grandes organizações como as  lojas Renner, Tok&Stok, Mundo Verde e Walmart. A meta dessa parceria é ambiciosa: constituir o maior canal de “comércio justo” do Brasil.
A seguir trechos dessa reportagem:




"A Solidarium, de Curitiba, que faz a ponte entre empreendedoras e redes varejistas, lança-se no e-commerce.


A encomenda de Natal pegou de surpresa as 23 artesãs da Associação dos Empreendedores Zumbi dos Palmares, na periferia de Curitiba. Em 25 dias, elas deveriam produzir 3 mil unidades de anjos para a hidrelétrica Itaipu Binacional. Era, de longe, o maior pedido que haviam recebido. Retalhos de tecido foram espalhados sobre as mesas, as máquinas de costura dispararam e logo o espaço comunitário começou a ser ocupado por um exército de anjinhos natalinos. “Cheguei a sonhar com a queda do avião que transportava a encomenda e que precisaríamos fazer tudo de novo”, conta a costureira Divair Paganardi, coordenadora da associação. O desfecho bem-sucedido encheu de confiança as moradoras de uma das regiões mais carentes da capital paranaense, por revelar o potencial do grupo. E deu a partida em um negócio de cunho social, a Solidarium. “A venda dos brindes de Natal mostrou que havia mercado e capacidade produtiva para atendê-lo”, diz Tiago Dalvi, 24 anos, fundador, diretor e um dos seis membros da empresa, que se propõe a fazer a ponte entre pequenos produtores, como a cooperativa Zumbi dos Palmares, e as grandes redes varejistas. A Solidarium encaixa-se em uma categoria de negócio social que se vale dos tradicionais mecanismos de mercado com o objetivo de minimizar desigualdades socioeconômicas. ...."


"... De lá para cá, o portfólio da Solidarium engrossou. Possui hoje 250 itens, produzidos por 32 grupos de artesãos. A meta é fechar o ano com 400. São objetos para casa e cozinha, bolsas, caixas organizadoras, chinelos e capas para notebook à venda nas lojas Renner, Tok&Stok, Mundo Verde e Walmart, que testou o potencial de alguns produtos em prateleiras, estandes e ilhas especiais. Mas é no e-commerce da rede de varejo que o negócio tem se mostrado viável financeira e institucionalmente. Isso porque não depende de limitação física de estoque, como nas prateleiras das lojas. Além disso, a distribuição descentralizada permite oferecer maior variedade de produtos. A empresa considera esta sua primeira ação de responsabilidade social no e-commerce da rede. “O Instituto Walmart buscava projetos comunitários que gerassem renda e tivessem foco nas mulheres”, afirma Paulo Mindlin, diretor do instituto. “A Solidarium precisava de parceiros e recursos financeiros.” A meta dessa parceria é ambiciosa: constituir o maior canal de “comércio justo” do Brasil. Desde que aportou por aqui, essa categoria de comércio restringe-se às vendas em lojas próprias, com produtos que tendem a ser exclusivos e caros. A Solidarium e o Walmart planejam massificar as vendas dos produtos, sem perda de qualidade. "



 Postado por Matheus O. Santana




Fonte:
http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI177064-16642,00-COSTURA+SOCIAL.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário